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Olá, Sou aluna do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará - IFCE do curso de Engenharia Ambiental. Esse blog foi criado a partir de uma atividade sugerida pelo professor da disciplina de Ética e Educação Ambiental: Marcos Vieira, com o propósito de ser um caderno eletrônico do curso.

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quarta-feira, 30 de junho de 2010

BIOMA CAATINGA



O bioma Caatinga é o principal ecossistema existente na Região Nordeste, estendendo-se pelo domínio de climas semi-áridos, numa área de 73.683.649 ha, 6,83% do território nacional; ocupa os estados da BA, CE, PI, PE, RN, PB, SE, AL, MA e MG. O termo Caatinga é originário do tupi-guarani e significa mata branca. É um bioma único pois, apesar de estar localizado em área de clima semi-árido, apresenta grande variedade de paisagens, relativa riqueza biológica e endemismo. A ocorrência de secas estacionais e periódicas estabelece regimes intermitentes aos rios e deixa a vegetação sem folhas. A folhagem das plantas volta a brotar e fica verde nos curtos períodos de chuvas.

A Caatinga é dominada por tipos de vegetação com características xerofíticas – formações vegetais secas, que compõem uma paisagem cálida e espinhosa – com estratos compostos por gramíneas, arbustos e árvores de porte baixo ou médio (3 a 7 metros de altura), caducifólias (folhas que caem), com grande quantidade de plantas espinhosas (exemplo: leguminosas), entremeadas de outras espécies como as cactáceas e as bromeliáceas.

Levantamentos sobre a fauna do domínio da Caatinga revelam a existência de 40 espécies de lagartos, sete espécies de anfibenídeos (espécies de lagartos sem pés), 45 espécies de serpentes, quatro de quelônios, uma de Crocodylia, 44 anfíbios anuros e uma de Gymnophiona.

A Caatinga tem sido ocupada desde os tempos do Brasil-Colônia com o regime de sesmarias e sistema de capitanias hereditárias, por meio de doações de terras, criando-se condições para a concentração fundiária. De acordo com o IBGE, 27 milhões de pessoas vivem atualmente no polígono das secas. A extração de madeira, a monocultura da cana-de-açúcar e a pecuária nas grandes propriedades (latifúndios) deram origem à exploração econômica. Na região da Caatinga, ainda é praticada a agricultura de sequeiro.

Os ecossistemas do bioma Caatinga encontram-se bastante alterados, com a substituição de espécies vegetais nativas por cultivos e pastagens. O desmatamento e as queimadas são ainda práticas comuns no preparo da terra para a agropecuária que, além de destruir a cobertura vegetal, prejudica a manutenção de populações da fauna silvestre, a qualidade da água, e o equilíbrio do clima e do solo. Aproximadamente 80% dos ecossistemas originais já foram antropizados.

PROBLEMÁTICA

Desertificação


Resultado da degradação ambiental


Desertificação é o processo de "degradação da terra nas regiões áridas, semi-áridas e subúmidas, resultante de diferentes fatores, entre eles as variações climáticas, e as atividades humanas". O termo surgiu no fim dos anos 40 para identificar áreas que estavam ficando parecidas com desertos ou aquelas em que os desertos aparentavam estar expandindo-se.

Esses locais são caracterizados pela escassez de chuva. As precipitações anuais variam entre 250 a 800 mmm/ano, geralmente concentradas em três ou quatro meses, alternadas com prolongados períodos de seca. Cerca de 1 bilhão de pessoas (um sexto da população mundial) mora em terras secas, que ocupam 37% da superfície terrestre. Nessas áreas, está também a maior concentração de pobreza.

Mais vulneráveis à erosão, essas zonas têm passado por processos de degradação dos solos, dos recursos hídricos, da vegetação e da biodiversidade, somados à redução da qualidade de vida da população. Em grande parte, por conta da exploração desordenada dos recursos, com o objetivo de produzir mais para o atender ao mercado. Por ser um problema global, a desertificação chamou a atenção da comunidade internacional que, por meio da Organização das Nações Unidas (ONU), vem buscando saída para a questão e criando espaços para a discussão sobre o tema desde a década de 70.

No Brasil, 980 mil quilômetros estão sujeitos à desertificação. Existem diferentes causas para este fenômeno, quase todas associadas ao manejo inadequado da terra. Desmatamento, queimadas, irrigação mal conduzida, pastoreio excessivo, mineração e cultivo dependentes são algumas das práticas que proporcionam perda de recursos e redução da capacidade produtiva das terras.

Os efeitos da degradação ambiental são maximizados por fatores estruturais, como má distribuição de renda, alta densidade demográfica e incompatibilidade entre atividades econômicas e condições ambientais. Estes agravantes tornam mais difícil o combate à desertificação. No Nordeste, o descuido com a natureza tem criado complicações que já podem ser percebidas: diminuição da disponibilidade de água, assoreamento do Rio São Francisco, exposição excessiva dos solos a insolação por causa do desmatamento, perda da umidade e redução da biodiversidade da caatinga. Danos de outra ordem, a exemplo da diminuição da atividade agrícola, da circulação de renda e, consequentemente, do aumento dos índices de pobreza não são menos graves e exigem políticas governamentais específicas.

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sábado, 26 de junho de 2010

CULTURA - LITERATURA DE CORDEL

A literatura de cordel é uma espécie de poesia popular que é impressa e divulgada em folhetos ilustrados com o processo de xilogravura. Também são utilizadas desenhos e clichês zincografados. Ganhou este nome, pois, em Portugal, eram expostos ao povo amarrados em cordões, estendidos em pequenas lojas de mercados populares ou até mesmo nas ruas.

Chegada ao Brasil


A literatura de cordel chegou ao Brasil no século XVIII, através dos portugueses. Aos poucos, foi se tornando cada vez mais popular. Nos dias de hoje, podemos encontrar este tipo de literatura, principalmente na região Nordeste do Brasil. Ainda são vendidos em lonas ou malas estendidas em feiras populares.

De custo baixo, geralmente estes pequenos livros são vendidos pelos próprios autores. Fazem grande sucesso em estados como Pernambuco, Ceará, Alagoas, Paraíba e Bahia. Este sucesso ocorre em função do preço baixo, do tom humorístico de muitos deles e também por retratarem fatos da vida cotidiana da cidade ou da região. Os principais assuntos retratados nos livretos são: festas, política, secas, disputas, brigas, milagres, vida dos cangaceiros, atos de heroísmo, milagres, morte de personalidades etc.

Em algumas situações, estes poemas são acompanhados de violas e recitados em praças com a presença do público.

Um dos poetas da literatura de cordel que fez mais sucesso até hoje foi Leandro Gomes de Barros (1865-1918). Acredita-se que ele tenha escrito mais de mil folhetos. Mais recentes, podemos citar os poetas José Alves Sobrinho, Homero do Rego Barros, Patativa do Assaré (Antônio Gonçalves da Silva), Téo Azevedo. Zé Melancia, Zé Vicente, José Pacheco da Rosa, Gonçalo Ferreira da Silva, Chico Traíra, João de Cristo Rei e Ignácio da Catingueira.

Vários escritores nordestinos foram influenciados pela literatura de cordel. Dentre eles podemos citar: João Cabral de Melo, Ariano Suassuna, José Lins do Rego e Guimarães Rosa.

UM DOS PRINCIPAIS NOMES DO CORDEL CEARENSE



Patativa do Assaré

"Eu sou de uma terra que o povo padece

Mas não esmorece e procura vencer.

Da terra querida, que a linda cabocla

De riso na boca zomba no sofrê

Não nego meu sangue, não nego meu nome.

Olho para a fome , pergunto: que há ?

Eu sou brasileiro, filho do Nordeste,

Sou cabra da Peste, sou do Ceará."
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CULTURA - XANGAI


Eugênio Avelino, popularmente conhecido como Xangai (Itapebi, 20 de março de 1948) é um cantor, compositor e violeiro brasileiro.

Nasceu às margens do Córrego do Jundiá, afluente do Rio Jequitinhonha, na zona rural do município de Itapebi, no extremo sul da Bahia.

Biografia

Filho e neto de sanfoneiro, ainda aos 18 anos fixou-se com os seus pais na cidade de Nanuque, no norte de Minas Gerais. Xangai é descendente direto do bandeirante João Gonçalves da Costa, fundador do Arraial da Conquista, atualmente Vitória da Conquista.

Viveu em Vitória da Conquista, na Bahia, de onde recebeu a influência que o tornou um cantor sertanejo.

Seu pai era proprietário de uma sorveteria chamada Xangai na cidade de Nanuque, daí se originando o seu apelido e atual nome artístico.

No ano de 1976, gravou o seu primeiro disco, "Acontecivento", com destaque para as músicas Asa Branca, Forró de Surubim e Esta Mata Serenou.

Apresenta na Rádio Educadora da Bahia o programa "Brasilerança", através do qual contribui para a divulgação da cultura musical da região nordestina brasileira.

É considerado como o melhor intérprete de Elomar, propiciando inclusive a facilitação do entendimento das composições deste compositor classificado como erudito por muitos.

Participou com o cantor Waldick Soriano dos últimos shows da carreira deste antigo nome da chamada música brega brasileira, inclusive na cidade natal de Waldick, Caetité, em 26 de maio de 2007.

Discografia
• Acontecivento (1976) LP

• Parceria Malunga (1980) Discos Marcus Pereira LP

• Qué Que Tu Tem Canário (1981) Kuarup LP

• Mutirão da Vida (1984) KLP LP

• Cantoria 1 (1984) MKCD LP, CD

• Cantoria 2 (1985) LP, CD

• Xangai canta (1986) Kuarup LP

• Xangai. Lua Cheia-Lua nova (1990) Kuarup LP

• Dos Labutos (1991) Kuarup LP

• Aguaterra. Ao vivo com Renato Teixeira (1996) Kuarup CD

• Cantoria de Festa (1997) Kuarup CD

• Mutirão da Vida (1998) Kuarup CD

• Um Abraço Pra Ti, Pequenina (1998) CD

• Brasilerança (2002) Kuarup Discos CD

• Nóis é Jeca Mais é Jóia - C/Juraildes da Cruz (2004) Kuarup CD

• Estampas Eucalol (2006) Kuarup CD


MUSICA MATANÇA


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CULTURA - VITAL FARIAS


Vital Farias (Taperoá, 23 de janeiro de 1943) é um cantor e compositor brasileiro.

Biografia


Vital Farias nasceu no sítio Pedra d'Água, município de Taperoá, estado da Paraíba.

Caçula entre 14 irmãos, Vital alfabetizou-se com as irmãs. Vital viveu em Taperoá até a conclusão do curso ginasial. Aos 18 anos mudou-se para a capital do estado da Paraíba, João Pessoa, onde prestou o serviço militar no 15º Regimento de Infantaria. Ao deixar o serviço militar continuou em João Pessoa e deu prosseguimento aos seus estudos no Lyceu Paraibano. Nesse período começou a estudar violão por conta própria. Depois passou a dar aulas de violão e de teoria musical no Conservatório de Música de João Pessoa. Em 1975 mudou-se para o Rio de Janeiro, onde participou de vários e importantes eventos artísticos, entre os quais a peça “Gota d’água”, de Chico Buarque de Hollanda. Em 1976 prestou vestibular para Faculdade de Música, formado-se em 1981. A primeira composição gravada de Vital Farias foi "Ê mãe", em parceria com Livardo Alves e gravada por Ari Toledo. Em 1978 gravou seu primeiro disco “Vital Farias”. O segundo, “Taperoá”, surgiu dois anos depois. No final do anos 80, Vital resolveu parar de gravar por um tempo para se dedicar aos estudos. Em 2002 produziu o disco de estréia de sua filha, Giovanna, com 15 composições de sua autoria e lançou o disco "Vital Farias ao vivo e aos mortos vivos". Nesse mesmo ano recebeu o título de Cidadão do Rio de Janeiro.

Discografia
* 1978 – Vital Farias (Polygram)

- Canção em Dois Tempos (Era casa, era jardim)
- O Sobreassalto
- Bate com o Pé o Xaxado
- Bandeira Desfraldada
- Via Crucis da Mulher Brasileira
- Alice no Curral das Maravilhas
- Deixe de Afobação
- Expediente Interno
- Poema Verdade
- Caso Você Case
- Ê Mãe
- Estudo nº 22

* 1980 – Taperoá (CBS)

- Pra Você Gostar de Mim
- Eu Sabia, Sabiá
- Assim Diziam as Almas
- Nave Mãe
- Nós Sofre Mais Nós Goza (a faixa “Tudo vai bem” teve a letra censurada pelo governo militar)
- Repente Paulista
- Tema de Beija-flor
- Veja (Margarida)
- Meu Coração Por Dentro
- General da Banda
- Prazer Pelo Avesso

* 1982 – Vital Farias - Sagas Brasileiras (PolyGram)

- Do Meu Jeito Natural
- Forrofunfá (A Abdias dos Oito Baixos)
- Sete Cantigas Para Voar (A Elba Ramalho)
- Ai Que Saudade D'ocê (Vital Farias)
- Saga de Severinin
- Saga da Amazônia
- Trem da Consciência
- Belo Belo
- Apesar da Solidão
- Saga do Boi de Mamão

* 1984 – Cantoria 1 (Kuarup Discos) – em conjunto com Elomar, Geraldo Azevedo e Xangai e gravado ao vivo no Teatro Castro Alves, em Salvador, Bahia)

- Desafio do Auto da Catingueira (Elomar)
- Novena (Marcus Vinicius/Geraldo Azevedo)
- Sete Cantigas para Voar (Vital Farias)
- Cantiga do Boi Incantado (Elomar)
- Kukukaya - Jogo da Asa da Bruxa (Cátia de França)
- Ai que Saudade de Ocê (Vital Farias)
- O ABC do Preguiçoso (Ai d'eu Sodade) (Xangai)
- Semente de Adão/Viramundo (Capinam/Geraldo Azevedo/Carlos Fernando/Gilberto Gil)
- Cantiga do Estradar (Elomar)
- Violêro (Elomar)
- Saga da Amazônia (Vital Farias)
- Matança (Jatobá)
- Cantiga de Amigo(Elomar)

* 1985 – Cantoria 2 (Kuarup Discos) – em conjunto com Elomar, Geraldo Azevedo e Xangai e gravado ao vivo no Teatro Castro Alves, em Salvador, Bahia)

- Desafio do Auto da Catingueira/Repente/Novena (Vital Farias/Geraldo Azevedo/Marcus Vinicius/Elomar)
- Era Casa, era Jardim/Veja Margarida (Vital Farias)
- Sabor Colorido/Moça Bonita (Capinam/ Geraldo Azevedo)
- Na Quadrada das Águas Perdidas(Elomar)
- Cantilena de Lua Cheia (Vital Farias)
- Arrumação (Elomar)
- Suite Correnteza/Barcarola do São Francisco/Talismã/Caravana (Carlos Fernando/Alceu Valença/ Geraldo Azevedo)
- Estampas Eucalol (Hélio Contreiras)
- Saga de Severinin (Vital Farias)
- Cantiga de Amigo (Elomar)

* 1985 – Do jeito natural (PolyGram)

- Canção em Dois Tempos
- Bate com o Pé o Xaxado
- Sete Cantigas Para Voar (A Elba Ramalho)
- O Sobreassalto
- Deixe de Afobação
- Forrofunfá (A Abdias dos 8 Baixos)
- Caso Você Case
- Do Jeito Natural
- Ê Mãe
- Poema Verdade
- Expediente Interno
- Ai que Saudade de Ocê

* 2002 – Vital Farias ao vivo e aos mortos vivos (Discos Vital Farias)

MUSICA VEJA MARGARIDA


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CHICO MENDES


Francisco Alves Mendes Filho, mais conhecido como "Chico Mendes" (Xapuri, 15 de dezembro de 1944 — Xapuri, 22 de dezembro de 1988), foi um seringueiro, sindicalista e ativista ambiental brasileiro. Sua intensa luta pela preservação da Amazônia o tornou conhecido internacionalmente e foi a causa de seu assassinato.


Biografia

Ainda criança, começou seu aprendizado do ofício de seringueiro, acompanhando o pai em excursões pela mata. Só aprendeu a ler aos 20 anos de idade, já que na maioria dos seringais não havia escolas, nem os proprietários de terras tinham intenção de criá-las em suas propriedades. [1]

Iniciou a vida de líder sindical em 1975, como secretário geral do recém-fundado Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Brasiléia. A partir de 1976 participou ativamente das lutas dos seringueiros para impedir o desmatamento através dos "empates" - manifestações pacíficas em que os seringueiros protegem as árvores com seus próprios corpos. Organizava também várias ações em defesa da posse da terra pelos habitantes nativos.

Em 1977 participou da fundação do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri, e foi eleito vereador pelo MDB local. Recebe então as primeiras ameaças de morte, por parte dos fazendeiros, e começa a ter problemas com seu próprio partido, que não se identificava com suas lutas.

Em 1979 Chico Mendes reúne lideranças sindicais, populares e religiosas na Câmara Municipal, transformando-a em um grande foro de debates. Acusado de subversão, é submetido a duros interrogatórios. Sem apoio, não consegue registrar a denúncia de tortura que sofrera em dezembro daquele ano.

Chico Mendes foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores e um dos seus dirigentes no Acre, tendo participado de comícios com Lula na região. Em 1980 foi enquadrado na Lei de Segurança Nacional a pedido de fazendeiros da região, que procuraram envolvê-lo no assassinato de um capataz de fazenda, possivelmente relacionado ao assassinato do presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Brasiléia, Wilson Sousa Pinheiro.

Em 1981 Chico Mendes assume a direção do Sindicato de Xapuri, do qual foi presidente até sua morte. Candidato a deputado estadual pelo PT nas eleições de 1982, não consegue se eleger.

Acusado de incitar posseiros à violência, foi julgado pelo Tribunal Militar de Manaus, e absolvido por falta de provas, em 1984.

Liderou o 1º. Encontro Nacional dos Seringueiros, em outubro de 1985, durante o qual foi criado o Conselho Nacional dos Seringueiros (CNS), que se tornou a principal referência da categoria. Sob sua liderança a luta dos seringueiros pela preservação do seu modo de vida adquiriu grande repercussão nacional e internacional. A proposta da "União dos Povos da Floresta" em defesa da Floresta Amazônica busca unir os interesses dos indígenas, seringueiros, castanheiros, pequenos pescadores, quebradeiras de coco babaçu e populações ribeirinhas, através da criação de reservas extrativistas. Essas reservas preservam as áreas indígenas e a floresta, além de ser um instrumento da reforma agrária desejada pelos seringueiros.

Em 1987, Chico Mendes recebeu a visita de alguns membros da ONU, em Xapuri, que puderam ver de perto a devastação da floresta e a expulsão dos seringueiros causadas por projetos financiados por bancos internacionais. Dois meses depois leva estas denúncias ao Senado norte-americano e à reunião de um banco financiador, o BID. Os financiamentos a esses projetos são logo suspensos. Na ocasião, Chico Mendes foi acusado por fazendeiros e políticos locais de "prejudicar o progresso", o que aparentemente não convence a opinião pública internacional. Alguns meses depois, Mendes recebe vários prêmios internacionais, destacando-se o Global 500, oferecido pela ONU, por sua luta em defesa do meio ambiente.

Ao longo de 1988 participa da implantação das primeiras reservas extrativistas criadas no Estado do Acre. Ameaçado e perseguido por ações organizadas após a instalação da UDR no Estado, Mendes percorre o Brasil, participando de seminários, palestras e congressos onde denuncia a ação predatória contra a floresta e as violências dos fazendeiros contra os trabalhadores da região.

Após a desapropriação do Seringal Cachoeira, em Xapuri, propriedade de Darly Alves da Silva, agravam-se as ameaças de morte contra Chico Mendes que por várias vezes denuncia publicamente os nomes de seus prováveis responsáveis. Deixa claro às autoridades policiais e governamentais que corre risco de vida e que necessita de garantias. No 3º Congresso Nacional da CUT, volta a denunciar sua situação, similar à de vários outros líderes de trabalhadores rurais em todo o país. Atribui a responsabilidade pela violência à UDR. A tese que apresenta em nome do Sindicato de Xapuri, Em Defesa dos Povos da Floresta, é aprovada por aclamação pelos quase seis mil delegados presentes. Ao término do Congresso, Mendes é eleito suplente da direção nacional da CUT. Assumiria também a presidência do Conselho Nacional dos Seringueiros a partir do 2º Encontro Nacional da categoria, marcado para março de 1989, porém não sobreviveu até aquela data.

O assassinato de Chico Mendes

Em 22 de dezembro de 1988, exatamente uma semana após completar 44 anos, Chico Mendes foi assassinado com tiros de escopeta no peito na porta dos fundos de sua casa, quando saía de casa para tomar banho. Chico anunciou que seria morto em função de sua intensa luta pela preservação da Amazônia, e buscou proteção, mas as autoridades e a imprensa não deram atenção. Casado com Ilzamar Mendes (2ª esposa), deixou dois filhos, Sandino e Elenira, na época com dois e quatro anos de idade, respectivamente. Em 1992 foi reconhecida através de exames de DNA uma terceira filha.

Após o assassinato de Chico Mendes mais de trinta entidades sindicalistas, religiosas, políticas, de direitos humanos e ambientalistas se juntaram para formar o "Comitê Chico Mendes". Eles exigiam providencias e através de articulação nacional e internacional pressionaram os órgãos oficiais para que o crime fosse punido. Em dezembro de 1990, a justiça brasileira condenou os fazendeiros Darly Alves da Silva e Darcy Alves Ferreira, responsáveis por sua morte, a 19 anos de prisão. Darly fugiu em fevereiro de 1993 e escondeu-se num assentamento do INCRA, no interior do Pará, chegando mesmo a obter financiamento público do Banco da Amazônia sob falsa identidade. Só foi recapturado em junho de 1996. A falsidade ideológica rendeu-lhe uma segunda condenação: mais dois anos e 8 meses de prisão.

Revisão de pena
Em dezembro de 2007, uma decisão da juíza Maha Kouzi Manasfi e Manasfi concedeu ao fazendeiro Darly Alves da Silva prisão domiciliar até março de 2008. Darly havia sido recolhido ao cárcere de Rio Branco em agosto de 2006, depois de ter sido julgado e condenado em júri popular como mandante do crime

E depois de tudo

* Como resultado da luta de Chico Mendes, o Brasil tinha, em 2006, 43 reservas extrativistas (Resex) que abrangiam 8,6 milhões de hectares e abrigavam 40 mil famílias. Este tipo de Unidade de Conservação (UC) de uso sustentável garante legalmente a preservação dos recursos naturais e, ao mesmo tempo, a manutenção da atividade econômica e a posse coletiva da terra pelas populações tradicionais (seringueiros, castanheiros, babaçueiros, caiçaras etc). A criação de uma Resex e a regularização fundiária estabelecida por ela, permitem a esses grupos ter acesso a financiamento agrícola, programas de segurança alimentar e investimentos na comercialização de seus produtos. Também fica mais fácil conseguir a construção de escolas e postos de saúde. [5]
* Em 1989, o Grupo Tortura Nunca Mais, uma ONG brasileira de direitos humanos, criou o prêmio Medalha Chico Mendes de Resistência, uma homenagem não só ao próprio Chico Mendes, mas também a todas as pessoas ou grupos que - segundo a entidade - lutam pelos direitos humanos. O prêmio é entregue todos os anos e personalidades como Dom Paulo Evaristo Arns, Jaime Wright, Luísa Erundina, Hélio Bicudo, Paulo Freire, Barbosa Lima Sobrinho, Herbert de Sousa, Alceu Amoroso Lima, Luís Fernando Veríssimo, Zuzu Angel, Oscar Niemeyer, Brad Will e organizações como a Human Rights Watch, Anistia Internacional, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o Centro de Mídia Independente (CMI) e a Comissão de Justiça e Paz de São Paulo já receberam a homenagem. [6]
* Em 10 de dezembro de 2008, a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça aprovou, em Rio Branco, no Acre, a condição de anistiado político post-mortem de Chico Mendes. O pedido de anistia havia sido protocolado pela viúva Ilzamar Mendes em 2005. [7]
* Elenira, filha de Chico Mendes, criou uma ONG chamada Instituto Chico Mendes, para projetos sociais e ambientais. Em 2009, o Ministério Público do Acre propôs uma ação de improbidade administrativa contra ela e sua mãe, Ilzamar, viúva de Chico Mendes, por desvio de verbas recebidas do governo do Acre, que em três anos totalizaram 685 mil, sendo que Ilzamar foi acusada pela própria irmã de ser funcionária fantasma da ONG.[8]
* Em 2007 foi criado o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio, autarquia federal responsável pela gestão das unidades de conservação federais no Brasil.
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Gerdau


Perfil da empresa
A Gerdau é líder no segmento de aços longos nas Américas e um dos maiores fornecedores de aços longos especiais do mundo. A empresa começou a traçar sua rota de expansão há mais de um século e hoje possui presença industrial em 14 países: Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Espanha, Estados Unidos, Guatemala, Índia, México, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela.

No Brasil, possui operações em quase todos os Estados, que produzem aços longos comuns, especiais e planos. Seus produtos, comercializados nos cinco continentes, atendem os setores da construção civil, indústria e agropecuária. Eles estão presentes no dia a dia das pessoas nas mais diversas formas: integram a estrutura de residências, shopping centers, hospitais, pontes e hidrelétricas, fazem parte de torres de transmissão de energia e telefonia, são matéria-prima de peças de automóveis e participam do trabalho no campo.

Com ações listadas nas Bolsas de Valores de São Paulo, Nova York, Toronto, Madri e Lima, a Gerdau busca eficiência e crescimento com rentabilidade, sempre comprometida com o desenvolvimento sustentável.

MISSÃO, VISÃO E VALORES

MISSÃO


O Grupo Gerdau é uma empresa com foco em siderurgia que busca satisfazer as necessidades dos clientes e criar valor para os acionistas, comprometida com a realização das pessoas e com o desenvolvimento sustentado da sociedade.


VISÃO


Ser uma empresa siderúrgica global, entre as mais rentáveis do setor.


VALORES CORPORATIVOS


- Cliente satisfeito

- Segurança total no ambiente de trabalho

- Pessoas comprometidas e realizadas

- Qualidade em tudo que faz

- Empreendedorismo responsável

- Integridade

- Crescimento e rentabilidade

Sustentabilidade
Para a Gerdau, os princípios do desenvolvimento sustentável são muito importantes. Por isso, acredita que o crescimento econômico de uma empresa está baseado na relação ética e socialmente responsável com o meio ambiente e com todos os públicos com que se relaciona: colaboradores, clientes, fornecedores, acionistas, governos e sociedade.


Pátio de sucata
A Gerdau Cearense transforma 100% da sucata ferrosa gerada no Estado de Ceará em aço. Também utiliza a sucata de outros estados, desde o Rio Grande do Norte até o Amazonas, contribuindo para a limpeza das cidades e a geração de empregos na coleta do insumo.

Na área onde a sucata é preparada para ingressar no forno, serão instaladas novas prensas e tesouras mecânicas, para ampliar a capacidade de processamento e de limpeza da matéria-prima.

Aciaria
O principal destaque do programa é a instalação de um novo forno elétrico de 25 toneladas, utilizado para a transformação da sucata ferrosa – principal matéria-prima da unidade – em aço líquido. Incorpora tecnologias avançadas, como o Excentric Bottom Tapping (EBT), o qual agrega principalmente qualidade aos produtos e mais agilidade no processo produtivo.

Também haverá a modernização do lingotamento contínuo, onde o aço líquido é solidificado na forma de tarugos. Com o investimento, os tarugos passarão a ser produzidos com uma bitola maior, de 120 mm X 120 mm, o que se traduz em mais produtividade e eficiência operacional.

Laminação
Nesta etapa do processo siderúrgico, ocorrerá a atualização tecnológica da automação do laminador, para ampliar a qualidade dos produtos destinados aos setores da construção civil e da indústria. Na laminação, os tarugos são transformados em produtos finais – como vergalhões, barras e cantoneiras.

Logística
O novo patamar de produção da Gerdau Cearense também exigirá melhorias na logística interna da usina para facilitar o recebimento das matérias-primas e o escoamento da produção, com a construção de novos acessos pavimentados e portarias, além da aquisição de novos equipamentos de transporte industrial.

INVESTIMENTOS AMBIENTAIS

Serão destinados R$ 7 milhões para a atualização tecnológica
dos equipamentos de proteção do ar e das águas

Para reforçar suas práticas de ecoeficiência, o Grupo Gerdau investirá R$ 6 milhões na atualização tecnológica dos equipamentos de proteção do ar na usina. O sistema de despoeiramento da aciaria, que filtra partículas sólidas e gases gerados no processo produtivo, passará por um processo de ampliação: a casa de filtros será duplicada – alcançando a marca de mil filtros – e haverá a instalação de uma nova coifa, com capacidade de captação de 800 mil metros cúbicos.

Atualmente, os recursos hídricos são protegidos pelo sistema de tratamento e recirculação de águas, os quais asseguram que 100% das águas utilizadas no processo produtivo retornem à linha industrial, permitindo que ela não seja enviada para os rios. Devido ao novo patamar de produção da usina, está previsto um investimento de R$ 1 milhão no ajuste do sistema de tratamento e recirculação das águas industriais, cuja vazão e capacidade de troca térmica em toda a planta crescerá de 900 para 2100 metros cúbicos/hora.

CENTRO DE SERVIÇOS DE CORTE E DOBRA DE AÇO ARMAFER
O Grupo Gerdau também irá investir na melhoria da qualidade do atendimento aos clientes do Centro de Serviços de Corte e Dobra de Aço Armafer, voltado para atender ao setor da construção civil da região. A unidade fornece vergalhões cortados e dobrados de acordo com cada projeto estrutural. Tem como principal diferencial tecnológico a eliminação do desperdício de aço nas obras, sendo que nas práticas convencionais as perdas deste material podem chegar a 15%.

O sistema Armafer agrega valor à forma tradicional de armação das estruturas de concreto, oferece ganhos de produtividade e mais organização no canteiro de obras, além de contribuir para a evolução tecnológica do setor da construção civil.
INVESTIMENTOS SOCIAIS
Recursos serão investidos em três projetos junto à comunidade

O Grupo Gerdau também está destinando recursos para três novos projetos sociais no Ceará. Até o final de 2006, a previsão é de construir 10 quadras poliesportivas em escolas públicas do Estado, no valor de R$ 1,5 milhão. Deste total, uma delas será instalada em Maracanaú, outra em Juazeiro do Norte e as demais ainda serão definidas pelo governo. Os recursos serão provenientes do Fundo Pró-Infância dos Profissionais Gerdau, um programa de abrangência nacional voltado para o atendimento de crianças e adolescentes carentes, em situação de risco, dependentes químicos ou portadores de necessidades especiais.

O restaurante Prato Popular, voltado para a população de baixa renda, será outro destaque na área social. Com início das operações previsto para até dezembro, o projeto irá atender 350 pessoas em Maracanaú com uma alimentação saudável e balanceada. O Grupo Gerdau irá realizar a reforma do prédio, a compra dos móveis e utensílios e a divulgação do empreendimento junto à comunidade, os quais somam aproximadamente R$ 100 mil. A empresa se responsabilizará ainda pela diferença entre o custo real da refeição e o valor pago pelo consumidor de R$ 0,50, cujo investimento deverá chegar a R$ 250 mil por ano. O restaurante funcionará de segunda a sexta-feira e tem a parceria da prefeitura de Maracanaú, SESI e SERLARES.

Para estimular a preservação da natureza pela comunidade, o Grupo Gerdau também passará a participar do Programa de Educação Ambiental do Ceará (PEACE). desenvolvido pela Secretaria de Ouvidora e Meio Ambiente do Estado junto a escolas. O trabalho de conscientização ambiental será realizado por meio de atividades educacionais no trailer Padre Cícero, o qual será equipado com aparelho de som, videocassete, ambiente climatizado, mesa de estudos e biblioteca e irá percorrer diversas localidades do Estado.

GERDAU NO CEARÁ
O Grupo Gerdau já investiu no Ceará R$ 213 milhões desde o final da década de 70. O seu primeiro empreendimento no Estado foi uma filial da Comercial Gerdau em Fortaleza, em 1979. Em 1981, teve início a construção da usina siderúrgica Gerdau Cearense para atender à demanda dos setores da construção civil e da indústria da região, utilizando as mais modernas tecnologias industriais. Ao longo do tempo, a unidade tem passado por um contínuo programa de investimentos para garantir a excelência de seus produtos e serviços junto aos clientes.

Em 2001, entrou em operação o Centro de Serviços de Corte e Dobra de Aço Armafer para atender à construção civil. No mesmo ano, foi inaugurada uma nova filial da Comercial Gerdau, em Juazeiro do Norte, a qual passou a integrar a rede de atendimento da maior distribuidora de produtos siderúrgicos no Brasil. Dois anos depois, a atuação do Grupo Gerdau foi ampliada no Estado, com a inauguração de um centro de serviços para o beneficiamento de aços planos em Fortaleza, voltado para atender ao setor industrial.
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Visita Técnica a Reserva Pitaguary - Maracanaú / CE



A terra indígena Pitaguary sofreu a ocupação do Estado, através de diversas instituições, durante um período consideravelmente extenso. Essa presença marcou profundamente a história da comunidade de Santo Antônio dos Pitaguary, em Maracanaú. Ao longo de décadas, toda a região foi habitada pelos índios.
Hoje, o povo indígena ainda é vítima de um preconceito histórico. Mas, no entanto, representa uma riqueza cultural. Com uma população de índios, todos falantes do português, os Pitaguary apresentam uma tendência ao crescimento populacional, negando, com isso, a tão propagada idéia do “desaparecimento” indígena no Ceará. A maioria dos habitantes da Tribo Pitaguary sempre morou na reserva indígena, mudando apenas de casa, de terreno ou, no máximo, deslocando-se para espaços circunvizinhos. As localidades habitadas por eles são Santo Antônio, Olho D’Água e Horto, sob a jurisdição do município de Maracanaú, e Monguba, no Município de Pacatuba. Elas fazem parte da área de 1.735,60 hectares identificada como TI Pitaguary pela Fundação Nacional do Índio – Funai, em 1997.

Educação Indígena

Os pequenos índios, conhecidos como curumins, aprendem desde pequenos com seus pais as atividades que fazem parte do dia-a-dia da aldeia. Os pequenos observam o que os adultos fazem e vão treinando desde cedo. Quando o pai vai caçar, costuma levar o indiozinho junto para este aprender. Portanto, a educação indígena é bem pratica e vinculada à realidade da vida da tribo. Quando atinge os 13 ou 14 anos, o jovem passa por um teste e uma cerimônia para ingressar na vida adulta.


Educação Escolar

Em Maracanaú, existe uma escola indígena, fundada em 2002. Atualmente, a unidade possui cerca de 193 alunos entre índios e outros jovens da zona rural e 13 professores. A Escola Municipal Indígena do Povo Pitaguary fica localizada na Rua Professor José Henrique da Silva, s/n, Santo Antônio.
A educação superior ainda não chegou no Pitaguary, mas mesmo assim todos os índios estudam. Alguns deles são formados, outros ainda se formando ou fazendo curso técnico.
A educação superior indígena é, certamente, um projeto social e político que se insere numa perspectiva de construção e sedimentação dos povos índios, mas isso só será possível se houver o devido respeito ao princípio da Autonomia, previsto na legislação, e uma busca constante por uma educação específica, de qualidade e intercultural não só para as atuais, mas para as futuras gerações de crianças, jovens e adultos indígenas no Ceará.

Maracanaú já manifestou publicamente a intenção de contribuir com a proposta de visibilidade da cultura indígena local. Com isso, o Município tem a oportunidade de resgatar a enorme dívida social para com os seus primeiros habitantes, que foram estigmatizados, vistos de forma estereotipada e enfrentaram a discriminação.

CRAS Indígena

A Prefeitura de Maracanaú levou um Centro de Referência da Assistência Social – CRAS específico para a população indígena. O CRAS Pitaguary presta serviços de atenção básica a famílias e indivíduos em situação de vulnerabilidade com atendimentos de psicólogos e assistentes sociais; oferece cursos de alfabetização de adultos, de aperfeiçoamento do artesanato indígena, de geração de emprego e renda, além de fazer o controle dos benefícios advindos de políticas assistenciais dentro da reserva.


Trabalhos Artesanais

A comunidade Pitaguary produz uma riqueza de trabalhos artesanais, que são feitos a partir de matéria-prima da própria região. A produção local inclui confecção de bijuterias, trajes típicos, que são feitos da fibra do tucum e outros materiais, e a fabricação de cerâmica pintada à mão com diversos tipos de barro. A Prefeitura já promoveu várias capacitações aos indígenas no intuito de aperfeiçoar e profissionalizar os trabalhos que são desenvolvidos na aldeia.

Artesanato - Produto mais popular entre os Pitaguary. Os colares e diversos outros artigos são criados a partir de uma infinidade de sementes nativas, tais quais o jiriquiti, a mucunã, a linhaça, o mulungu, a lágrima de Nossa Senhora, o sabonete, o coco-babão e o coco-babaçu.

Trabalhos Manuais - Os mais comuns são bordado, fuxico e o crochê, mas ainda é possível destacar a produção de cestos e sacolas de palha, além de adornos utilizados em eventos tradicionais, muitos dos quais são feitos de fibras vegetais e penas de aves como a galinha d’água, o anum-branco e o socó-boi.


Onde encontrar os produtos indígenas?

Agora, os índios Pitaguary dispõem de uma loja no Feira Center – entrada do Jereissati, que foi disponibilizada pela Prefeitura, para comercializarem seus produtos. As artesãs indígenas também participam da Feira da Gente, que acontece, mensalmente, no estacionamento do Shopping Center Maracanaú.

Atividades Econômicas - Trabalho

Quanto às atividades econômicas de extrativismo, as mais comuns são o corte de madeira e a mineração de areia lavada, fonte de renda de muitas famílias nas localidades de Santo Antônio, Horto e Olho D’Água. Todavia, dada a degradação ambiental resultante dessas práticas, as lideranças locais têm demonstrado uma preocupação constante no sentido de se buscar outras formas de geração de emprego e renda dentro da área. Conheça alguns projetos levados para a Reserva, pela Prefeitura de Maracanaú, com o objetivo de incrementar a renda dessas famílias.

Projetos Aplicados na Reserva Indígena

GALINHA CAIPIRA - O projeto tem como objetivo melhorar a alimentação das famílias do Município e aumentar a produção de ovos, sendo assim distribuídas 20 galinhas por família.

PROJETO DE HORTALIÇAS – É especializado no cultivo de alface, coentro e cheiro verde. A produção é vendida em restaurantes. Essa iniciativa conta com a apoio de indústrias como a Esmaltec, Gerdau e Serlares.

MEU SITÍO PRODUTIVO – Instalado no Olho D'água, o projeto envolve a produção de mudas, hortaliças, produção de humos e criação de galinhas para o consumo das famílias. Este ano, quatro novos sítios foram beneficiados, sendo dois no Horto e dois no Olho D'água.

MEU QUINTAL PRODUTIVO – O objetivo é plantar árvores nas casas, sendo uma na frente e outra no quintal, para purificar o ambiente e ajudar no cultivo de frutas. O projeto, além de atender o povo indígena, está se espalhando pelos bairros de Maracanaú. Por enquanto, foram atendidas 10 famílias do Alto da Mangueira e 12 do Piratininga. A intenção é que, até o fim do ano, pelo menos 10 famílias de cada bairro tenham suas mudas em suas residências.


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